Programa de imersão Educacional Polinizar

2017

Certificados - 2017

Resultados

Área dos Residentes

Coreografias Institucionais

Feira Nova 2018

Escola Antônio Aguiar

Escola Francisco Coelho

Escola Iva Ferreira de Souza

Escola João Chéu

Escola João Murilo

Escola Manoel Belo

Escola Manoel da Nóbrega

Escola Margarida Ramalho

Escola Padre Nicolau Pimentel

Escola Severino Davi

 

Curso para Residentes

Projetos ReDEC

A Gratidão como Pedagogia

Por: Karine Melo

 

Ao falarmos de gratidão, remetemos uma ideia de um ato de agradecer a algo ou a alguém, ou até mesmo gratidão no sentido de apreciação, pelo dia, pelo sol, por respirar, mas que gratidão é essa que vai além da emoção?

Uma gratidão que vai além da emoção é denominada por Howells (2012) gratidão como pedagogia, que surge como uma abordagem para aprendizagem e ensino que envolve ativamente o reconhecimento do que temos ou recebemos e a ação consciente de querer retribuir de alguma forma.

É também uma atitude interior que pode ser entendida como o oposto de ressentimento ou reclamação, podendo ser compreendida em três dimensões: doador, receptor e presente.

O conceito vem romper com a ideia que não precisamos estar gratos o tempo todo para praticar a gratidão, pois gratidão em ação difere do sentir gratidão o tempo todo para agir, pois “a gratidão pode ser vista como mais relevante para listas de valores ou declarações de missão do que como um fio condutor que pode percorrer nossos currículos” (HOWELLS, 2012, p. 1 – tradução nossa).

Uma característica marcante da gratidão como pedagogia é dar sem esperar nada em troca, sendo um processo relacional, no qual precisa antes de tudo ser sentida e assim externalizada na prática educacional do professor. Para Howells (2021a, p. 25 – tradução nossa), as características de profunda gratidão acontecem quando passa do estágio de apreciação para a ação, no qual:

a) Constrói e mantém relacionamentos;

b) Começa com uma sensação de deleite, apreciação, admiração ou surpresa;

c) Aprofunda quando expresso por meio da ação;

d) Precisa ser posta em prática e praticada, não apenas pensada ou sentida;

e) Gera mais gratidão;

f) Fica mais profundo com o tempo;

g) Cultiva um senso de interconexão e interdependência;

h) Envolve uma dinâmica de dar e receber;

i) Não espera nada em troca ou qualquer mudança em outro;

j) Amplia nossa consciência do bem nos outros;

k) Nos ajuda a ver onde temos ressentimento;

l) Influencia a nós e ao mundo de maneiras que talvez nunca percebamos.

E foi nessa perspectiva que 32 alunos da disciplina Metodologias e Aprendizagem, do Mestrado em Educação em Ciências e Matemática (UFPE/CAA), da Universidade Federal de Pernambuco, no campus Caruaru, saíram do sertão e do litoral do Estado, coordenado por dois professores e com o apoio da Prefeitura Municipal de Paudalho viabilizando alojamento e comida, realizaram uma imersão no Colégio Municipal de Paudalho em dois finais de semana.

Nesta imersão, estruturada a partir da tendência pedagógica Gratidão como Pedagogia, apresentada pelo documento Innovating Pedagogy, em 2021, pela Open University do Reino Unido, foi vivenciado com os alunos o estado de preparação, que é uma  atitude íntima de uma escuta de si para uma reflexão e ação, é um momento de preparação do ser com gratidão. Quando  professores/alunos examinam suas atitudes mais íntimas, a efeito que isso tem tanto na prática de ensino quanto na capacidade de aprendizagem,  possibilita, uma preparação para estarem mais ativos e acordados  em sala de aula.

Esta etapa foi concretizada 11 dias antes da aula presencial, a partir de um app alemdaemocao, elaborado com exclusividade para a disciplina, que proporcionou aos alunos novas perspectivas de olhares e sentidos, compartilhados ao pôr do sol em um cenário contemplativo da estação ferroviária.

No caminhar da disciplina, várias práticas de gratidão foram executadas, mas como ápice da culminância da disciplina na perspectiva da gratidão como ação, foi realizado no segundo final de semana da imersão o Festival da gratidão no Colégio Municipal de Paudalho (CMP) nos turnos manhã, tarde e noite. Pois, para Howells (2012 , p. 36 – tradução nossa), “a gratidão é mais do que uma emoção ou modo de pensar, porque envolve algum tipo de ação. Sem esta ação, não é gratidão, mas outra coisa – talvez apreciação ou agradecimento”.

Este festival teve como objetivo possibilitar uma maior aprendizagem e apropriação da cultura local, além de desenvolver o sentimento de pertencimento ao CMP e ao município, provocando uma dinâmica afetiva para com a instituição, por meio de cursos nas áreas de fotografia, música, dança, tecnologias digitais, jogos, ciência das emoções, culinária e história da cidade.

Não era apenas um festival movido a danças e apresentações, mas sobretudo aprendizagens, afeto, trocas e polinização. Pois, segundo La Torre e Moraes (2018), “semeamos com nossas palavras, gestos, crenças, valores, convicções, exemplos, mas não sabemos onde essa semente cai, nem em quem germinará e florescerá”. O que sabemos é que o pólen foi lançado e a gratidão vem sendo polinizada. Com  o término da disciplina, os envolvidos com a mesma (professores e mestrandos) escreveram cartas de gratidão para os professores e demais funcionários da escola que nos abraçaram para essa grande imersão no chão da escola.

Pois a gratidão como pedagogia, é para além da perspectiva de si, mas sobretudo da importância do outro e o fortalecimento de quanto juntos podem ser capazes de tantas transformações. Assim, Howells (2012), aponta que a gratidão pode ser um antídoto para uma cultura de reclamação e para melhorar o aprendizado dos alunos, mas para que a inclusão seja de forma completa, a participação seja voluntária e com participação de todos na instituição.

 

 

Referências externas

HOWELLS, K. (2012). Gratitude in education: A radical view. Rotterdam: Sense Publishers. doi:10.1007/978-94-6091-814-8

HOWELLS, K. (2021). Untangling you: How can I be grateful when I feel so resentful? Melbourne: Major Street Publishing.

TORRE, Saturnino de La Torre; MORAES, Maria Cândida (Org). Sentirpensar: fundamentos e estratégias para reencantar a educação. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2018

ReDEC realiza o primeiro Festival da Gratidão no Município do Paudalho

No dia 20/05, estudantes do PPGECM realizarão o festival com estudantes do Colégio Municipal do Paudalho.

O ReDEC teve seu retorno ao município na primeira semana de Maio. As primeiras ações envolveram visitas em diversas escolas para realização do mapeamento das tecnologias digitais que as instituições possuem atualmente. Durante este mês também está sendo realizado o Festival da Gratidão, que é fruto da disciplina de Metodologias e Aprendizagem do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, da Universidade Federal de Pernambuco (Campus Agreste). Mais de 30 alunos, oriundos desde o sertão até o litoral do estado, estão cursando a disciplina com o objetivo de compreender como os processos metodológicos podem provocar aprendizagens significativas.

Para o desenvolvimento, a Prefeitura Municipal do Paudalho forneceu transporte, alimentação e hospedagem para os alunos realizarem a imersão no Colégio Municipal do Paudalho (CMP). Festivais, rodas de conversa, maratonas, circuitos, concursos e exposições artísticas também são significativos caminhos educativos para a criação e diversificação de vínculos de aprendizagem. Essas possibilidades pedagógicas devem ser consideradas atividades de grande impacto e aproximação entre professores e alunos, não somente como atividades secundárias. Conhecer a realidade de cada um, personalizar os processos formativos, provocar itinerários criativos e promover o compartilhamento de saberes nos ajuda a superar inúmeros desafios.

O Festival da Gratidão foi estruturado a partir da tendência pedagógica Gratidão como Pedagogia, apresentada pelo documento Innovating Pedagogy, em 2021, pela Open University do Reino Unido. Os alunos e professores do CMP irão vivenciar oficinas, shows, demonstrações e muitas trocas de conhecimento. O festival tem o objetivo de possibilitar uma maior aprendizagem e apropriação da cultura local, ao possibilitar que seja desenvolvido o sentimento de pertencimento ao CMP e à cidade do Paudalho, provocando uma cultura afetiva para além dos muros da instituição. No dia do evento, os mestrandos promoverão oficinas nas áreas de fotografia, música, dança, tecnologias digitais, jogos, ciência das emoções, culinária e história da cidade.

No processo formativo, precisamos aprender muito com a realidade do chão da escola. Só compreendendo o alcance de suas vivências teremos estrutura para capacitar os futuros docentes. Afinal, quando o trabalho dos teóricos que comumente utilizamos para nossa formação, aos poucos,  torna-se limitado face às mudanças ao longo do tempo, devemos ter a realidade como referência e perspectiva de ação.

 

Acompanhe o festival através do instagram @festival.gratidao  

Ensino para nova geração e dificuldade ao acesso às novas tecnologias

Por Ana Alice Barros e Thawane Maria

Imposto pela pandemia de Covid-19, a tecnologia digital se tornou o principal meio para dar continuidade ao ano letivo em escolas ao redor do mundo. Apesar de ter sido a alternativa mais viável no início, esbarrou na desigualdade de renda, acesso à tecnologia no Brasil, e dificuldade dos professores em se adequar à modalidade. 

 

Fatores como esses, somados ao método expositivista de ensino pouco atrelado à realidade dos alunos, mostram porque em 2020 houve um aumento na evasão escolar no Brasil. Cerca de 1,3 milhão de estudantes, entre 6 e 17 anos, abandonaram os estudos no último ano, segundo dados revelados na pesquisa “Enfrentamento da cultura do fracasso escolar”, publicada em janeiro de 2021, pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef)

Para Fredson Murilo, mestre em educação pela Universidade Federal de Pernambuco, o modelo tradicional de ensino, onde professores expõem assuntos e alunos aprendem de forma passiva, apenas escutando, já não se adequa à realidade da sala de aula. A educação precisa de inovação para continuar cumprindo com o seu papel social. “A gente vive numa era tecnológica, e quando falamos em inovações educacionais, não estamos nos referindo a instrumentos caros e de difícil acesso, mas sim ferramentas conhecidas pelos estudantes e que tomam um novo propósito a partir da intervenção do professor junto ao aluno”, ressaltou.

 

“As novas metodologias educacionais têm como missão facilitar a aprendizagem do aluno, empregando princípios como o empoderamento e participação do estudante. São ferramentas que podem ajudar o aluno no processo de aprendizado. Os alunos de hoje não aprendem como antigamente. Estamos ensinando estudantes do século XXI”, concluiu o professor. 

 

A tecnologia imersiva pode ser uma das novas ferramentas de ensino. Quem  defende é Rosilene da Silva, mestre em sociologia pelo Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio). Seu projeto de pesquisa propõe o uso do óculos de realidade virtual para o aprofundamento do ensino. Com ele, os alunos podem absorver os conteúdos de uma maneira mais natural. “Através da utilização dos óculos de RV, este aluno poderá aprofundar seus conhecimentos nos temas abordados ‘vivenciando’, na prática, o que antes era teorizado. Isso torna o ensino  mais atrativo para o jovem que é considerado um nativo digital”, comenta a mestre. 

 

A falta de acesso à informação e a desigualdade social são fatores que dificultam o uso dessas novas tecnologias. Por se tratarem de uma inovação, alguns professores podem não conhecer ou supor que são distantes da sua realidade. Uma pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil escancara ainda mais a desigualdade, e mostra que nem todos os jovens da geração Z têm a mesma oportunidade. Em 2020, cerca de 19% da população brasileira não teve acesso à internet. 

 

Essa realidade é vivenciada todos os dias pela professora da rede pública de Pernambuco, Cássia Diniz. “Eles sabem muito de instagram, filtro, YouTube, redes sociais no geral. Mas quando falamos em tecnologias educacionais, os estudantes, infelizmente, não estão. Existe muita resistência por parte de professores e alunos em se aprofundar, eles acreditam que o básico já é suficiente”, disse. 

 

Ela relata que, dos 50 estudantes matriculados na sua disciplina, apenas 8 compareciam regularmente às aulas remotas. Destes que aparecem, dividiam a atenção com algum trabalho que arranjaram durante a pandemia para complementar a renda familiar. 

 

O Prof. Dr. António Rochette, da Universidade de Coimbra, em Portugal, realça a importância da formação continuada de professores. “A partir do momento que você desperta o docente a procurar o novo, no âmbito da educação, instiga também o aluno que vai ser beneficiado por essa iniciativa”.

 

“Para os alunos é normal, para a gente é algo inovador.”, comenta António

 

Ele também fala sobre a importância do professor estar conectado com a realidade do aluno. “Quando falamos sobre novas tecnologias, são novas para nós [professores], que somos velhos. Se pretendemos elaborar uma enquete usando o smartphone, para os alunos é normal, para a gente é algo inovador. Por isso precisamos trabalhar com os professores para que eles consigam trabalhar com novas metodologias educacionais, entendendo as especificidades de cada escola, trabalhando com os seus alunos, cativando-os”, ressaltou. 

 

Os estudantes são quem lidam com essas diferenças no ensino de maneira mais intensa. Quem veio do ensino privado e vai para o público por vezes percebe o atraso nos conteúdos lecionados nas escolas públicas. É o caso de Júlya Witória, estudante do 2º ano do Ensino Médio, do Erem Senador Paulo Guerra Pessoa. “Antes, quando eu estudava numa escola particular, no ensino fundamental, os assuntos passados eram muito avançados, coisa de 1º ano do ensino médio. Quando cheguei na escola pública, no 8° ano, eles estavam passando conteúdos que os alunos de escola privada já haviam aprendido no 6° ano”.

 

Parcerias entre escolas e instituições podem ser uma alternativa para o ensino público, usando poucos recursos. O Laboratório Multiusuários em Humanidades (MultiHLab) desenvolve projetos em parceria com as escolas, disseminando o uso das tecnologias digitais no ensino em Humanidades, principalmente na área das Ciências Sociais, usando poucos recursos.

 

“O uso de atividades realizadas com tecnologias imersivas, neste caso a Realidade Virtual, proporciona uma experiência ao aluno de estar em ambientes (alheios ou familiares a eles) que busquem despertar o olhar sociológico em situações cotidianas que antes passavam despercebidas. Essa tecnologia, antes mais direcionada para os estudos da área de exatas e saúde,  pode ser disseminada nas áreas de humanidades. Estudar sociologia,  por exemplo, abre um leque de opções e possibilidades de trabalhar conteúdos que podem ser produzidos de forma coletiva, com os alunos, e proporcionar o aprofundamento dos conteúdos abordados em sala”. Destaca Rosilene

 

Além da realidade virtual, a formação de professores também é um caminho. Fredson Murilo coordena o Programa de Residência Docente nas Ciências (Redec), que, além de preparar o graduando para o cotidiano na sala de aula, incentiva a formação continuada de professores no interior de Pernambuco. “O caminho é árduo e o resultado do que estamos fazendo neste momento não vai chegar de uma hora pra outra. Mas não podemos ficar parados, o maior bem de um país é a educação, e é por ela que estamos começando”, finalizou. 

 

Em 2022, com a ampliação da vacinação e estabilização dos casos, escolas públicas e privadas estão voltando ao ensino presencial. Porém, independente do formato, a tecnologia influenciou o ensino e a relação entre professor e aluno, modificando a forma tradicional de ensino. Tratada como solução temporária, essa ferramenta promete ficar. 

II Fórum de Gestores: ReDEC e Universidade de Coimbra se unem pelo futuro da educação em Paudalho

Evento terá como tema “A Abordagem Freireana e os Territórios Inteligentes”, e, assim como o ReDEC, colocará a cidade de Paudalho em evidência internacional. 

O convênio entre o ReDEC e Paudalho foi firmado em julho de 2021. Desde então, o programa tem colaborado com a cidade na perspectiva de consolidar a cultura da aprendizagem e a formação continua de professores, gestores e estudantes do município, situado na Mata Norte do Estado. Agora, a parceria avança ainda mais. 

Na próxima quinta, (09/12), ReDEC promove o II Fórum de Gestores de Paudalho, a ação vai contar com a presença do prefeito da cidade, Marcello Campos Gouveia, secretária de educação, Paula Frassinette representantes da Gerência de Ensino (GDE) e de gestores municipais. Também participam coordenadores, residentes e o consultor do ReDEC e professor da UFPE, Marcos Barros. Da Universidade de Coimbra, o Prof. Dr. Rochette Cordeiro e o Prof. Dr. Joaquim Alcoforado. 

“Esse evento é um marco. Trabalhamos no ReDEC com o objetivo de transformar as cidades em centros educadores, onde a educação é o que impulsiona os projetos do município. A discussão vai girar em torno do que temos feito para levar Paudalho ao cenário internacional”, ressaltou Marcos Barros.  

A recepção vai acontecer na ETE Senador Wilson Campos, às 13h30, seguida de apresentação cultural e mesa de abertura, Paula Frassinette, Secretária de Educação, Ana Margarete, Gerente de Ensino, irão oferecer uma palestra com o panorama na educação da cidade de Paudalho. 

“Estamos nos preparando para o II Fórum de Gestores na perspectiva de aprendizagem grande, sabemos que os professores Antonio Manuel e Joaquim Luis, irão contribuir enormemente com a troca de conhecimento e experiências. Também vão colaborar para o desenvolvimento e despertar para o planejamento de Paudalho, tendo em vista as especificidades do nosso município para que tenhamos uma estrutura que dialogue com o professor, aluno e gestão”, comentou Paula Frassinette. 

A apresentação principal é a conversa dialogada, com o tema “A Abordagem Freireana e os Territórios Inteligentes”, mediada por Dalvaneide Araújo, professora da UFPE e coordenadora do ReDEC. Rochette Cordeiro e Joaquim Luis Medeiros, vão apresentar a ‘Carta Educativa’, trabalhada pelos docentes no continente europeu e tem o intuito de incentivar a criação de cidades educadoras. 

“O evento permite inserir Paudalho nesta grande rede que fazemos parte, a UFPE e a Universidade de Coimbra, para que possa permitir esse livre trânsito de professores e gestores em Portugal, por intermédio do ReDEC. Além disso, vai permitir que os pesquisadores possam estudar e colaborar com a cidade, reconhecendo ações brilhantes que os educadores estão fazendo”, concluiu Marcos. 

 

A cobertura do evento será feita através das redes sociais do ReDEC (@re_dec). 

ReDEC em ação: residente movimenta Paudalho para a conscientização do Novembro Azul

Em ação conjunta, ReDEC, Unidade Básica de Saúde e Escola, realizam passeata e distribuem panfletos com o objetivo de visibilizar a importância do cuidado masculino. 

O mês de novembro é dedicado à conscientização da saúde do homem. De acordo com uma pesquisa feita pela revista SAÚDE e o Instituto Lado a Lado pela Vida, o preconceito e falta de costume que muitos homens têm prejudica a prevenção de doenças. Quase 40% dos homens até 39 anos, e 20% daqueles com mais de 40, só vão ao médico quando se sentem mal. 

Na perspectiva de diminuir esse tabu no município de Paudalho e fazer com que os homens procurem o atendimento médico, foi realizada uma passeata com estudantes da Escola João Francisco Bezerra em direção ao posto de saúde. O evento aconteceu na terça-feira (23/11). “Conseguimos passar o nosso recado. Que é conscientizar os pais, avós, tios e crianças sobre o cuidado que o homem deve ter com a saúde. Tenho certeza que os estudantes vão passar direitinho essa mensagem em casa. Também passamos pela comunidade lembrando sobre esse assunto tão importante”, ressaltou Fernanda Munique, enfermeira chefe da Unidade Básica de Saúde da Primavera. 

Essa ação é a culminância de atividades feitas em sala de aula durante todo o mês de novembro. Eles trabalharam temas pertinentes à saúde, como doenças, higiene bucal, e tiveram que relacionar essas questões com a falta de preocupação, especialmente dos homens, com cuidados pessoais. “A caminhada foi a conclusão de um trabalho, pensado pela residente Marcela Costa, do ReDEC, que plantou essa ideia e a comunidade escolar abraçou. Firmamos uma parceria com o posto de saúde e foi muito positivo. Nós tivemos a participação em massa de professores, estudantes e técnicos da escola, engajados com a conscientização da saúde do homem”, enfatizou Claudijane Gusmão, gestora da Escola João Francisco Bezerra.

A educação faz total diferença. Desde cedo, os estudantes estão aprendendo a importância de cuidar da saúde. “A ideia surgiu a partir de uma necessidade da comunidade, de que muitos homens do bairro ainda não haviam procurado o posto de saúde. Então tentamos conscientizar a população com ações educativas. Depois dessa ação, existe uma expectativa muito grande de que a população masculina do bairro visite o posto de saúde. Melhorando o diálogo entre a escola e a comunidade” comentou Marcela Costa, residente e supervisora do ReDEC.

ReDEC trabalha valorização da profissão com estudantes da EJA

No dia 11/11, residentes do ReDEC realizaram ação com estudantes da EJA do Colégio Municipal do Paudalho.

 

Em todas as etapas da vida, o trabalho sempre está presente. Seja por meios acadêmicos, depois ou durante a faculdade, ou os que são fundamentais para a estrutura social: pedreiro, eletricista, encanador, doceira, e tantos outros. Na perspectiva de trabalhar a valorização e incentivo à busca desses trabalhos, residentes do ReDEC proporcionaram oficinas com estudantes da EJA. Dentre as atividades, foi pedido que os estudantes trouxessem ou produzissem em sala de aula, materiais que poderiam representar o seu trabalho.

Durante a imersão nas escolas de Paudalho, residentes do ReDEC realizaram uma ambientação na Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Colégio Municipal do Paudalho. A ação teve duração de dois dias, culminando na Feira de Profissões, realizada pelos próprios alunos da EJA. Nessa feira, foram abordadas temáticas como: empreendedorismo, valorização e preço do produto, educação financeira e compartilhamento de experiências profissionais entre os alunos e o reconhecimento do papel social de cada profissão. A ação durou cerca de 3h e foi dividida em dois momentos. Primeiro em sala de aula, discutindo esses elementos e na produção dos materiais. Depois, foi hora de expor produtos para toda comunidade escolar.

“A gente luta muito por ações que contemplem a EJA. Então, ter vivenciado o evento proporcionado pelo ReDEC foi um prazer. Fico muito emocionada quando vejo essas atividades com os estudantes que, infelizmente, são esquecidos e que merecem tanto. Muitos passaram por um processo de luta, e por isso não conseguiram entrar na escola na idade que deveriam. Então eles vão para encontrar conhecimento”, afirma Viviane Leonora, coordenadora municipal da EJA em Paudalho.

Os dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2020 não são animadores. Devido à pandemia de Covid-19, houve uma queda considerável no número de matriculados na (EJA).  “É difícil. Por isso, chegar e encontrar um evento que valorize aquilo que eles têm de melhor, que é a busca por um trabalho, principalmente em tempos pandêmicos, é muito importante”, ressalta Viviane.

“Durante as ações do ReDEC nos municípios, a EJA é um dos grupos que nos preocupamos em trabalhar. O público é muito carente, e as ações têm sido pensadas para mitigar os problemas enfrentados por esses alunos, permitindo o conhecimento e engajamento deles. Em contrapartida, também permite que os nossos residentes conheçam a realidade da aprendizagem de um grupo que é bastante esquecido pela sociedade”, ressaltou Fredson Murilo, Coordenador do ReDEC.

“O público da EJA, em sua maioria, é mais afetado financeiramente. Então a gente produziu a Feira de Profissões, não para apresentar ocupações que eles demorariam para desenvolver, mas aquelas que eles já ocupam ou que poderiam fazer uma renda extra”, comentou Fernanda Alves, supervisora e residente do ReDEC.

Promover o engajamento dos alunos em sala de aula não é uma tarefa fácil. Para garantir a participação dos estudantes nas aulas e, desse modo, promover um ensino de melhor qualidade, o professor deve estar atento à elaboração de suas aulas. tornando-as mais atrativas, além de promover momentos de maior interação. “Foi uma experiência espetacular que tivemos com os residentes do ReDEC nas turmas da EJA com a Feira de Profissões. Os nossos alunos desenvolveram um trabalho gratificante de ver”, relatou Paula Cristina, gestora do Colégio Municipal do Paudalho.

A ação faz parte da imersão do ReDEC em Paudalho. Os residentes acompanharam o cotidiano das escolas, secretaria de educação e na EJA. Confira mais da imersão nas nossas redes sociais.

Gerência de Ensino: residente do ReDEC trabalha pensamento computacional na educação básica

Durante a imersão do ReDEC em Paudalho, Davi Maia, residente de tecnologia, organiza formação com a Gerência de Ensino (GDE). A proposta é analisar a função dos componentes digitais na formação dos alunos. 

Imposto pela pandemia, a tecnologia na educação veio pra ficar. Na perspectiva de amenizar os impactos do isolamento social, professores e alunos tiveram que adaptar a sala de aula ao mundo digital. De acordo com uma pesquisa realizada pelo TIC Kids Online Brasil 2018, 74% das crianças e adolescentes utilizam a internet para pesquisas em trabalhos escolares. 

“É fundamental discutir o impacto e a importância da computação na educação básica, pois auxilia a formação de seres pensantes digitalmente. Que é o que a gente espera neste século tão conectado”, ressalta Davi Maia, formador e residente do ReDEC. 

O evento aconteceu nesta manhã (11/11), na sede da GDE em Paudalho, e durou cerca de uma hora. Foram abordados temas como a percepção de mundo virtual, cidadania digital, resolução de problemas, dados virtuais e o impacto da tecnologia no cotidiano. Os gestores puderam discutir e indagar possíveis metodologias digitais a serem trabalhadas com professores e alunos.

 Afinal, é fundamental preparar esse profissional. Não só para se familiarizar com o mundo digital, mas também para que ele consiga transmitir e ensinar para os estudantes essa nova realidade. 

“A palestra veio para ampliar os nossos olhares sobre a tecnologia para podermos aprender e passar para os nossos professores. Davi veio para mostrar que você não está sozinho, não é impossível. O novo assusta, mas é possível”, concluiu Danubia Pontes Ribeiro, técnica da GDE. 

A ação faz parte da imersão do ReDEC em Paudalho. Os residentes estão na cidade desde quarta, acompanhando o cotidiano das escolas, secretaria de educação e na EJA. Confira mais a imersão nas nossas redes sociais.

II Encontro de Práticas Exitosas de Glória do Goitá

A Secretaria de Educação de Glória do Goitá em parceria com o Programa de Residência Docente nas Ciências irá realizar o II Encontro de Práticas Exitosas que terá como tema “Novas Vivências em Tempos Atuais”!

Para realizar a submissão de seu resumo leia o edital abaixo:

Edital do II Encontro de Práticas Exitosas de Glória do Goitá

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